Colheita e beneficiamento de espécies do cerrado por trabalhadoras de cooperativa no Norte de Minas mudam vida de famílias Montes Claros/Januária/Coração de Jesus – No Vale do Peruaçu, no município de Januária (Norte de Minas), as famílias de pequenos produtores – quadro repetido em outras partes da região –, viveram da agricultura de subsistência ao longo de décadas. Diante da escassez de chuvas, plantavam nos “brejos” – lugares úmidos, as veredas enaltecidas pelo escritor Guimarães Rosa. Mas, com o passar dos anos, por conta da intensidade da seca e da própria exploração degradante, os “olhos d’água” também desapareceram. Assim, a situação, que já era difícil, piorou de vez. O drama foi amenizado por um grupo de mulheres do lugar. Elas adquiram o hábito de coletar “frutos do mato” como o pequi e o buriti, que, além de matar a fome, viraram fonte de renda para a comunidade. A alternativa encontrada no agroextrativismo como forma de superar as dificuldades impostas pela seca ...