RAPPAM avalia efetividade de UCs de Minas Gerais
A sobrevivência de 15 mil hectares de mata seca está garantida graças à
dedicação de José Luiz Vieira que, após mais de um ano de diálogo com o governo
de Minas Gerais, conseguiu a demarcação do Parque da Mata Seca no norte do
estado, no ano 2000, como condicionante do Projeto Jaíba.

Ao todo
participaram 69 gestores, coordenadores, funcionários de áreas protegidas no
evento realizado pelo WWF-Brasil, em parceira com o Governo de Minas Gerais, por
meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), no período de 25 a 29 de maio de
2015, no Bico do Ibituruna, em Governador Valadares. Entre eles o José Luiz
Vieira, que está à frente da gestão do Parque da Mata Seca desde a sua
criação.

“Afinal, criar e bem gerenciar
unidades de conservação está entre as principais e mais efetivas estratégias
para a conservação da natureza”, defende José Luiz Vieira, argumentando que
áreas protegidas ajudam na proteção de fontes de água, regulamentação do clima,
geração de renda para povos e comunidades tradicionais e garantia das riquezas
socioculturais. Mas, ele alerta também para as ameaças, como incêndios, obras de
infraestrutura externas a seus limites, caça e extração ilegal de produtos, que
afetam as UCs e podem comprometer de alguma forma a efetividade de sua
proteção.
Julio César Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal
do WWF-Brasil, esteve presente na oficina e contou que o método RAPPAM foi
implementado com a aplicação de questionários que permitirão a visualização e
sistematização dos pontos fortes e dos que precisam de melhorias na gestão das
áreas avaliadas. Segundo ele “as análises feitas pelos gestores fornecerão
informações das unidades de conservação para subsidiar o desenvolvimento de
políticas adequadas à proteção de sistemas naturais e auxiliar os órgãos
responsáveis pela gestão no processo de melhoria da sua efetividade. Diante
disso, não há que se contestar o importante papel da metodologia na análise de
desempenho do trabalho de conservação das áreas
protegidas”.
Mundialmente, o RAPPAM já foi aplicado em 22 países, como
Indonésia, Gana, Chile, Butão, China, Romênia, Rússia e África do Sul. No
Brasil, a ferramenta já foi implementada nos estados de São Paulo, Paraná, Acre,
Amapá, Mato Grosso, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Pará, Goiás e
unidades federais de conservação. Em suma, a avaliação já contemplou cerca de
500 unidades de conservação brasileiras.
O resultado deste trabalho será
consolidado nos próximos três meses. O propósito é gerar uma publicação com a
avaliação se as UCs de Minas Gerais estão contribuindo para o alcance dos
objetivos de conservação ambiental, ordenamento territorial, desenvolvimento
sustentável e valorização da sociobiodiversidade.
Matéria retirada e adpatada do site : www.wwf.org.br
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