Instrutores do Cidadania Ribeirinha usam técnicas teatrais

Capacitação de professores para curso envolve método do Teatro do Oprimido e palestras sobre comunidades do Norte de MG.
Comunidade de Jiboia, em São Francisco (Norte de Minas), é uma das sedes do curso do Cidadania Ribeirinha, que está usando técnicas do Teatro do Oprimido nas aulas - Foto: Sarah Torres

As técnicas do Teatro do Oprimido, do dramaturgo e diretor de teatro Augusto Boal, usadas nas aulas do Curso de Formação de Agentes Populares de Educação Ambiental na Agricultura Familiar, integraram o processo de capacitação dos instrutores da segunda edição do Cidadania Ribeirinha, projeto da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) financiado pelo Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA).

O curso, que tem o objetivo de sistematizar conhecimentos, valorizar saberes tradicionais e formar multiplicadores na forma de lideranças comunitárias, é a primeira grande ação do projeto nas comunidades rurais ribeirinhas do Norte de Minas selecionadas para esta nova edição: Bom Jardim da Prata, Retiro e Jiboia, em São Francisco; e Várzea Bonita, São Joaquim e Riacho da Cruz, em Januária.

Um exemplo da aplicação dessas técnicas, passadas aos instrutores em oficinas conduzidas pelo educador Dimir Viana, ocorreu na comunidade de São Joaquim, em Januária, na terça-feira (25/8/15). "O método foi repassado a alunos do curso, que movimentaram a comunidade em torno dos problemas locais. Durante a esquete teatral, estimularam a população a identificar problemas e soluções. Posteriormente, esses alunos vão elaborar um documento com as questões levantadas e entregá-lo ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e a autoridades locais e estaduais”, explica o coordenador do Cidadania Ribeirinha, Márcio Santos.

Além do Teatro do Oprimido, o processo de capacitação dos 21 instrutores inclui várias atividades e palestras, bem como um estágio preparatório nas próprias comunidades atendidas. Durante boa parte do curso, eles se integram a essas comunidades, dormem nas casas dos ribeirinhos, comem os mesmos alimentos e percorrem as mesmas estradas. "Isso vai resultar em ideias e ações que possam transformar essas localidades e trazer esperança de novas soluções para problemas, muitas das vezes, já antigos", conta Márcio Santos. O coordenador diz, ainda, que "a ideia do curso é formar multiplicadores, e não apenas repassar informações aos alunos".

A antropóloga Jaqueline Silva é uma das instrutoras que passou por capacitação. Ela, que assume as aulas do módulo Meio Ambiente, Cultura e Modos de Vida nas comunidades de Bom Jardim da Prata e Jiboia (ambas em São Francisco), conta sobre seu processo de capacitação, que durou quatro dias. "Entre outras atividades, tivemos palestras sobre a dinâmica do projeto; sobre recursos hídricos da região; conflitos socioambientais; mobilização social; e especificidades de comunidades envolvidas", explica. "A ideia é que tivéssemos um panorama geral do local onde vamos atuar".

Matéria retira a adaptada do site: http://www.almg.gov.br/
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