Oficina promove debate de gestão integrada do Mosaico Sertão Veredas

No Cerrado, um dos biomas mais ameaçados pelo avanço da fronteira agrícola, o Mosaico Sertão Veredas Peruaçu (MSVP) é uma área chave para o desenvolvimento de modelos econômicos que aliem conservação, produção e manutenção da riqueza cultural da região. São mais de 1,6 milhão de hectares de áreas protegidas em diferentes tipos de unidades de conservação (UC), tais como as de proteção integral, como os parques, por exemplo, e as de uso sustentável, caso das reservas extrativistas. O mosaico engloba ainda um quilombo e uma reserva indígena, em 11 municípios no norte de Minas Gerais e sudoeste da Bahia.
Acervo WWF
O mosaico abriga uma complexa e única realidade socioeconômica. Essa diversidade requer cuidado redobrado por parte dos órgãos e organizações para garantir uma gestão integrada e efetiva.

Para contribuir com o fortalecimento da cooperação entre as áreas protegidas, o WWF-Brasil promoveu, na última semana, uma oficina de Gestão Integrada no Refúgio de Vida Silvestre do Pandeiros, UC que compõe o Mosaico.

“Impulsionar o uso público, promover as UCs e valorizar o modo de vida local são ações fundamentais, pois possibilitam que a região seja ainda mais reconhecida e aproveitada de forma sustentável”, ressaltou Kolbe Soares, analista de conservação do Programa Cerrado Pantanal, do WWF-Brasil.

Para tanto a criação de um GT de comunicação para reforçar as potencialidades regionais, bem como o estreitamento das relações entre atores sociais e governamentais, com vistas à construção de oportunidades e intercâmbios de experiências, a realização de seminários e capacitações com foco no monitoramento e fiscalização das áreas protegidas são parte dos encaminhamentos da oficina. Outra definição importante foi a criação de uma Câmara Temática de Gestão Integrada das UCs.

Carlos Eduardo Giovani Fonseca, coordenador de áreas protegidas do Instituto Estadual de Florestas, ressaltou que para a gestão integrada das UCs se consolidar, é necessário conhecer metodologias e boas práticas referentes a essa modalidade e o engajamento de todos os gestores, de maneira que eles realmente assumam o Mosaico como ferramenta de proteção de áreas naturais.

O evento reuniu 20 representantes de 14 unidades de conservação, além de membros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais e de organizações da sociedade civil, como a Fundação Pró Natureza (Funatura).

Matéria retirada do site: www.wwf.org.br

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