Energia eólica é aposta no Norte de MG

O investimento na geração de energia eólica, obtida a partir da ação do vento, é uma das apostas do governo de Minas Gerais para o desenvolvimento econômico e social na região Norte. Na última terça-feira, o secretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), Paulo Guedes, reuniu-se com representantes do consórcio formado pelas empresas mineiras Clamper, Noe e Gerance para discutirem projetos de produção da energia na região. Há alguns anos, Minas já tem manifestado o desejo de se tornar referência em geração de energia limpa, e a expectativa com essas inversões é de que, em cinco anos, a região receba recursos da iniciativa privada da ordem de R$ 20 bilhões.
O Norte do Estado apresenta grande potencial para a produção de energia eólica, conforme mostra o mapa desenvolvido pelo governo estadual para a região. Desde 2015, várias empresas têm se reunido com o Sistema Sedinor/Idene (Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais) para discutir a exploração da atividade no local. O consórcio formado pela Clamper, Noe e Gerance pretende atuar na região e também tem representado empresas estrangeiras da Espanha, Canadá, Finlândia, México e Portugal em conversas com o Estado. Esses países estudam a possibilidade de produzir equipamentos para as usinas eólicas e têm o interesse de investir na produção. 

De acordo com o diretor de Captação, Qualificação e Inclusão Regional do Idene, Davidson Dantas, as três firmas brasileiras têm feito medições há algum tempo no local onde deve ser instalado o parque eólico, com área estimada em 2 milhões de metros quadrados. O gestor explica, porém, que para que sejam implantadas as unidades de produção na região, é necessária uma medição por pelo menos um ano. Torres com um raio de alcance de 10 km² já foram instaladas para verificar e mensurar o comportamento do vento. Após esta etapa, as medições passam por uma certificação. Hoje algumas torres já possuem a aprovação. 

“O nosso projeto tem uma característica diferente porque, além de buscar investidores para implantar grandes plantas concentradas na região, apresenta também um cunho econômico e financeiro aliado a uma visão social, que vai ser trabalhada de forma pulverizada. Não vamos adquirir as terras dos nativos, elas serão arrendadas, e, com isso, vamos gerar uma renda extra de R$ 1.800 a 2.500 mil por hectare/ano - durante o período de 20 anos do contrato -, que será a principal dos nossos produtores rurais. Será uma renda fixa para que o produtor permaneça na região com mais qualidade”, destaca Dantas. 

A energia eólica é uma fonte renovável, limpa, que não polui o meio ambiente. Entre os seus benefícios estão o ar mais limpo, a compatibilidade com outros usos do terreno e o fato de ser uma das mais econômicas da nova geração de eletricidade em grande escala.

Fonte: www.senarminas.org.br

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